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PORTUGUÊS


9º ANO







1-   Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 5.


Órfãos da colheita

      A fome e o desemprego estão obrigando meninos e meninas de quatro anos de idade a trabalhar mais de dez horas por dia como boias – frias da colheita de algodão do município de Querência do Norte, no Paraná. Eles são chamados de “órfãos da colheita” pelos demais boias – frias. Trabalham sem seguro e garantias trabalhistas e vivem pendurados nas carrocerias abertas dos caminhões.

      “Eles andam apertados em caminhões, sem nenhuma segurança, conduzidos por motoristas sem carteira de habilitação e, às vezes, trabalham mais do que os próprios adultos”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura de Querência do Norte, Antônio Norberto Possi.

      Os órfãos da colheita são reunidos pelos chamados “gatos”, encarregados de providenciar os trabalhadores. “Temos de levar as crianças porque as mães não têm creches onde deixar os filhos, então os meninos são obrigados a crescer nas plantações”, disse o “gato” Edvaldo Ferreira.

      D.M., de seis anos, sonha em juntar dinheiro para poder ter novamente uma bicicleta. A vida de D.M. não difere da maioria dos meninos de sua região. Ele acorda às quatro horas todos os dias e segue na carroceria de um caminhão para trabalhar na colheita do algodão.

      Ele acompanha a mãe, a boia – fria Marine Moura, de 35 anos. “Ele é meu protetor: chega a colher quarenta quilos de algodão por dia”, diz a mãe.

      Quando tinha três anos, D.M. chegou a ter uma bicicleta. A mãe teve de vende-la para comprar uma passagem com destino ao Paraná.

       Ele não sabe o que é natal, nunca foi à escola. Entre os poucos prazeres que conhece, está o de tomar sorvete. Ele se alimenta diariamente de arroz e batata.

                                          DIMENSTEIN, Gilberto. Órfãos da colheita.





1)   Segundo o texto, que fato obriga meninos e meninas de quatro anos de idade a trabalhar mais de dez horas por dia?



2)   Que tipo de trabalho é feito por essas crianças?



3)   Os demais trabalhadores rurais da colheita de algodão chamam as crianças de “órfãos da colheita”. Considerando o sentido do texto, por que as crianças são chamadas assim?




4)       Por que os “gatos” levam crianças para trabalhar na colheita de algodão?



5)       O texto fala de um menino de seis anos, D.M. Como é a vida dele? Ele tem sonhos? A vida dele é diferente da dos outros meninos da região?


6)   Leia a história que os quadrinhos abaixo narram:


  



A)   O que a personagem Estevan pretendia que fosse entregue a Linda?


B)   O que foi entregue a Linda?


7)   A) Vanguarda significa “precursor”, “pioneiro de movimento cultural”, “que desenvolve técnicas, ideias e conceitos novos, avançados, especialmente nas artes”. Na sua opinião, por que Linda considerou como poesia de vanguarda o que estava escrito no papel que recebeu?


B)   O que provoca o efeito de humor na história da tira?





8)   Leia a tira abaixo, de Lucas Lima e responda a questão.


       

   
As cenas da tira poderiam ter uma moral. Qual dos provérbios seria o mais adequado para encerrar esse texto?

 a) (   ) Quem espera sempre alcança
 b) (   ) Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
 c) (   ) O feitiço virou contra o feiticeiro.
 d) (   ) Em boca fechada não entra mosquito.

9)   Leia o texto abaixo e responda: 



                      

    Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais! “Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.

A)    No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava.”, a expressão destacada significa que:

 a) (   ) não deu atenção ao pedido de casamento.
 b) (   ) não entendeu o pedido de casamento.
 c) (   ) não respondeu à bruxa.
 d) (   ) não acreditou na bruxa.
 e) (   ) aceitou logo o pedido.      



   

 B)   Na tira da Mafalda há um balão cujo rabicho sai do quadrinho. Quem está falando?   ___________________________________________________________________________________


C)   O último quadrinho as letras estão grafadas de maneira mais forte. Por que você acha que o autor as escreveu assim? )

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10)  Retire da tira acima uma onomatopeia. 

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11) O que indica as bolhas nos balões de Garfield?

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12)  Pela expressão dos olhos de Garfield mostra que ele está satisfeito com o serviço? Explique. 



6º ANO

 
 
– Leia o texto e responda às questões 13 e 14.   (TEXTO  I )


13-A frase “pensei que era outra coisa” indica que o ponteiro supôs que se tratava de

A)   (     )um assalto.
B)   (     )Um telefonema.
C)   (     )Uma brincadeira.
D)   (      )Um incêndio.

14 – No texto acima prevalece o discurso:

a)    (  ) discurso indireto.
b)    (  ) discurso direto.
c)    (  ) discurso direto e indireto.
d)    (  ) discurso indireto e direto.

O outro príncipe sapo (TEXTO II)

Era uma vez um sapo. Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando à beira do lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das plantas aquáticas.
“Perdão, ó linda princesa”, disse ele com sua voz mais triste e patética.“Será que eu poderia contar com vossa ajuda?”
A princesa estava prestes a dar um salto e sair correndo, mas ficou com pena daquele sapo com sua voz tão triste e patética. Assim, ela perguntou:“O que posso fazer para te ajudar, sapinho?”
“Bem”, disse o sapo. “Na verdade, eu não sou um sapo, mas um belo príncipe transformado em sapo pelo feitiço de uma bruxa malvada. E esse feitiço só pode ser quebrado pelo beijo de uma linda princesa.”
A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu o beijo.
“Foi só uma brincadeira”, disse o sapo.Pulou de volta no lago, e a princesa enxugou a baba de sapo dos seus lindos lábios.
 Fim.


15- Na frase “A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo”, a expressão “um pouco” refere-se ao


a)    (      )Tempo que a princesa pensou.
b)    (      )Velocidade em que a princesa pensou.
c)    (      )Modo com que a princesa pensou.
d)    (      )Lugar em que a princesa pensou.

16 -No texto acima o diálogo foi marcado com uma pontuação diferenciada para indicar as falas dos personagens, forma utilizadas “as aspas”. Normalmente num texto narrativo as falas dos personagens é marcada por:

a)    (  ) Dois pontos.
b)    (  ) ponto e vírgula.
c)    (  ) travessão.
d)    (  ) ponto de interrogação.

 Leia o texto abaixo e responda às questões 5 e 6.

Tá tudo na cabeça(TEXTO  III)
                                         
Os hormônios não são os vilões da adolescência. Uma grande reforma cerebral é a causa do comportamento típico de quem está crescendo.Eles batem porta, vivem paixões viscerais, pulam de carros em movimento. Estão constantemente entediados e ansiosos. Prudência e autocontrole parecem termos estrangeiros. O mundo gira em torno de sexo, pensamento que eles não largam nem dormindo. De quem é a culpa? Dos hormônios, diz o senso comum. Resposta errada, afirma agora a ciência. O cérebro jovem, repentinamente atirado em uma reforma geral, é que manda nessa brincadeira. Conhecer o estica-puxa-e-estica dessa fase é essencial para pais e filhos entenderem o que é a misteriosa cabeça de um adolescente.
Os hormônios sexuais, na verdade, estão em abundância no corpo de bebês até o primeiro e o segundo anos de idade, nos meninos e nas meninas, respectivamente. Isso prova que não basta inundar um cérebro infantil com hormônios para torná-lo adolescente: é preciso que esse cérebro mude para então responder a eles. A adolescência faz exatamente isso. (...)
Não se trata apenas de um aumento de peso ou volume cerebral. Enquanto algumas estruturas de fato crescem, outras encolhem, sofrem reorganizações químicas e estruturais, e todas acabam por amadurecer funcionalmente. Surgem as habilidades motoras, o raciocínio abstrato, a empatia, o aprendizado social. De posse de um cérebro pronto, nasce um adulto responsável. Mas, até lá, adolescentes têm muito, muito mesmo, o que aprender.

17)     A tese defendida nesse texto é:

a)    (      ) Os pais precisam entender o que se passa com adolescente.
b)    (      ) Os adolescentes desconhecem regras básicas de socialização.
c)    (      ) Os adolescentes pensam em sexo até quando estão dormindo.
d)    (      ) O cérebro, em mudança, é o responsável pelos atos dos adolescentes.


Marque um X de acordo com a finalidade dos textos:

18) Texto I: 

            a)(  ) informar
            b)(  ) instruir
            c)(  ) entreter
            d)(  ) convencer


19) Texto II:

          a)(  ) informa
          b)(  ) instruir
          c)(  ) entreter
          d)(  ) convencer

20) Texto III:

          a)(  ) informar
          b)(  ) instruir
          c)( ) entreter
          d)(  ) convencer


21) Dê o feminino dos substantivos abaixo:


leão:....................................progenitor:......................................pavão:..................

ator:....................................cavalo:...........................................poeta:...................


10)Qual é o coletivo dos substantivos que estudamos:

soldados:..............................jogadores:.................................livros:......................

alunos:...................................abelhas:...................................peixes:.....................


Leia o texto com atenção e responda as questões de 11 até13.


JUSTINO, O RETIRANTE


Justino lembra-se da mãe, do pai, da pobre casinha. Custara-lhe deixar o lugar onde nascera. Tudo aquilo que sempre amara deixou ali nas terras do Coronel, daquele peste que lhes tomara as plantações. Junto às lembranças queridas, surge a visão do gado a pisotear a terra que o pai lavrara.
Olha os companheiros de viagem, as mulheres aconchegando crianças nas redes. Elas pedem o que comer.
— Mãe, que come!



Sempre o mesmo pedido, o mesmo tom lamurioso. “Será que em algum lugar da terra haverá de comer para todas as crianças, para encher suas barriguinhas!” — pensa Justino, enquanto vê os homens pitando seus cigarros, que são outros tantos pirilampos a acender suas luzinhas.


— Menino, deita-se e dorme, não adianta ficar pensando. Amanhã temos que caminhar cedo e o chão é grande — diz a velha.
Justino obedece e estica a rede. Enrolando-se nela parece sentir os braços de sua mãe a embalá-lo. Sente o calor de Pito junto aos pés, olha mais uma vez os pirilampos e dorme...
Assim começa a vida do menino Justino, retirante.


(JUSTINO, O RETIRANTE, Odete de Barros Mott, 21º ed., São Paulo, Ed. Brasiliense, 1983, p. 14)


22) Qual é o significado de “pisotear” no texto?

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23)   Pela leitura do texto, para onde o menino Justino está indo? O que ele irá fazer?

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24)   Você acha que a vida do menino “Justino” é uma vida parecida com a sua?   Por  que?

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7º ANO

(Elias José)  
Logo que colocou os objetos embaixo da carteira, Pitu encontrou o bilhete. Leu, ficou vermelho, colocou no bolso, não mostrou para ninguém. De vez em quando, mordia-lhe uma curiosidade grande, uma vontade de reler para ter certeza. Era uma revelação que ele não estava esperando. Não podia dizer que estivesse achando ruim, pelo contrário... Ele estava com vontade de olhar para trás, para as últimas carteiras e procurar por uma resposta com o olhar. Era um tímido e não se encorajava. A professora explicava num mapa as regiões do Brasil e ele viajava num rumo diferente. Ainda bem que ela não estava olhando para ele, nem fazendo perguntas, só estava expondo a matéria. Na hora da verificação, acabaria saindo-se mal. Não gostava de ignorar as coisas perguntadas. Só não se saia muito bem quando se tratava de fazer contas de números fracionários. A professora mesma dizia-lhe que em Português e matéria de leitura e entendimento ele se saía bem; mas nos cálculos tinha dificuldades.
Agora estava distante, pensava em poesias românticas, em música sentimental. Estava meio perdido nos pensamentos confusos. O bilhete queimando no bolso. Uma vontade de relê-lo, palavra por palavra. Interessante, não era um bilhete bem escrito, tinha até erro de Português – por que a curiosidade? Só ele sabia dele, não foi como no dia do correio-elegante, pai, mãe e seu Francisco do armazém querendo saber, dando palpites. Agora tinha um bilhete e era diferente. Tinha um bilhete que trazia uma declaração de amor e uma assinatura. Trazia mais: trazia um convite para um bate-papo na praça, às duas horas, se ele quisesse namorar de verdade.       Marina era bonitinha, ele queria. Falta-lhe jeito de dizer, tinha que escrever um bilhete respondendo, era mais fácil. No intervalo, escreveu o bilhete, fechado no banheiro. Quando ela chegou, a resposta a esperava na carteira.
Quase no fim da aula, ele criou força e olhou para trás. Marina sorria, confirmando. Ele sorria também. Diversas vezes, ele olhou pra trás e a encontrou olhando. Trocaram sorrisos e olhares. Os dois estavam vivendo uma ternura primeira e não sabiam escondê-la mais. Tanto assim que a professora pediu que ele virasse pra frente, observando o que estava pedindo pra pesquisa do fim de semana. Naquele fim de semana, ele iria pesquisar alguma coisa nova que não tinha experimentado, como alguns outros de sua idade e turma.










25- Relacione as palavras, da coluna esquerda, aos seus sinônimos, que estão na coluna direita:

a) Ignorar                          (     ) aguardando
b) encorajava                    (     ) pretendia
c) queria                            (     ) não saber
d) esperando                     (     ) animava


26 - Em qual das frases, abaixo, o verbo expor (presente na linha 17: “expondo a matéria”), tem o mesmo significado que o do texto:
a) (  ) Durante o incêndio, ele expôs sua vida.
 b) (    ) Ele expôs sua opinião com clareza.
 c) (  ) O comerciante expôs na vitrine as mercadorias.
 d) (    ) O rosto expunha sinais de cansaço.


27 – A aula que Pitu assistia, quando recebeu o bilhete de Marina, era de qual disciplina? __________________________________________________________________________


28 - Marque V ou F (verdadeiro ou falso):
(   ) Pitu tinha vontade de reler o bilhete, porque não o tinha entendido.
(   ) Pitu já recebera um bilhete de Marina no correio-elegante.
(   ) O bilhete de Marina continha erros de Português.
(   ) Pitu não estava interessado na forma como o bilhete foi escrito, mas em seu conteúdo.


29 - No segundo parágrafo do texto, o pronome ela se refere a qual personagem?
___________________________________________________________________________


Marina e Pitu se comunicam através do olhar. Em posse dessa informação, responda às questões 6 e 7:

30 - Nesse encontro de olhares, eles transmitem:    
a) (   ) medo, insegurança. 
b) (   ) carinho, afeto.
c) (   ) segurança, valentia.
d) (   ) orgulho, ansiedade.

31 - Reescreva a frase do texto que descreve tais sentimentos – que foram assinalados na questão acima:_______________________________________________________________
____________________________________________________________________________


Leia o trecho, seguinte, que fora retirado do texto:  “O bilhete queimando no bolso” e responda às questões 8 e 9:

32 - A palavra queimando, neste trecho, foi empregada em sentido real (verdadeiro; denotativo) ou figurado (novo sentido dado à palavra; conotativo)? ________________

33 - Qual o significado de queimando, no trecho? _____________________________
____________________________________________________________________________



Leia o trecho, a seguir: Ainda bem que ela não estava olhando para ele (...)” e responda às questões 10 e 11:

34 - O pronome ela, refere-se à:
a) (   ) Marina.
b) (   ) professora.

35 - O pronome ele, refere-se ao:
a) (   ) Pitu.
b) (   ) bilhete.


36 - Este texto é narrativo. De acordo com o que estudamos na primeira etapa, quais são os cinco elementos formadores desse tipo de texto?

a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________
d) _________________________________________________________________________
e) _________________________________________________________________________





8º ANO



Texto I - A FOME PROVOCADA
                                                              
Que pequenos ou grandes países em guerra ou vítimas de catástrofes impossíveis de contornar tenham conhecido e ainda conheçam a fome é compreensível, ainda que não se explique. Que países vítimas de clima ingrato e solo ainda mais ingrato tenham que dosar a ração alimentar de seus filhos, entende-se.
Que um país da extensão do nosso, com um oceano a lhe banhar as costas, com terras cultiváveis, inclusive as do ressequido Nordeste, conheça o triste espetáculo da fome no campo e nos pequenos e grandes centros é mais do que triste e lamentável: é revoltante.
O país apontado como o futuro celeiro do mundo está vendo seus filhos remexer monturos e latas de lixo, saquear depósitos e armazéns, minguar de fome, e, no desespero de não saber onde encontrar a próxima ração dos filhos, cair na tentação da violência.
Até agora o fenômeno, que já existia há muitos anos no campo e na periferia das cidades, não sensibilizava a imprensa porque parecia pequeno e contido. Agora, porém, explode na casa do vizinho desempregado e vem para pertinho de todos. Perto demais para deixar o brasileiro indiferente. Não é possível disfarçar a fome de agora com consumismo, sexo, futebol e palavras de esperança. A fome está doendo demais. O Zé e a Maria começam a cair nas filas e no emprego, de noite o estomago dói e o dia inteiro as crianças choram de fome, enquanto pai esmurra a parede com ódio do governo e dos que deixaram o país chegar a esse estado de coisas.
Aumentam os assaltos, a violência, o medo e o desespero. E as explicações já não explicam por que um país como o nosso se endividou tanto, planejou tão mal e plantou de maneira tão errada, permitindo preços extorsivos que dificultam o plantio e a colheita e tornam impossível a compra do que o solo produziu.
Na terra que, segundo Pero Vaz de Caminha, “é boa e dá de tudo”, o povo passa fome. Em 1980, o Papa repetiu isso em Teresina. A Igreja vive dizendo isto. Os brasileiros mais conscientes previam isto. E nada foi feito. E o governo, a oposição e as lideranças precisam achar a resposta antes da anarquia. Um povo com fome devora tudo, inclusive seus líderes. No momento, o Brasil tem muitos problemas, e graves, mas um que não pode esperar é a comida. Matar a fome do povo é uma urgência. E não adianta explicar. A fome do brasileiro não pode ser explicada nem justificada. Não é acaso, é desgoverno mesmo.

(OLIVEIRA, José Fernandes de. A fome provocada. Jornal Mundo Jovem, n 163, Porto Alegre, maio, 1984)


Texto II:



 

 
Leia os textos, acima, atentamente, e responda as questões a seguir:


37 - Associe as colunas de acordo com o sinônimo das palavras:
a) catástrofes  ( ) atração, sedução
b) dosar           ( ) enfraquecer, sofrer
c) ração           ( ) desastres, tragédias
d) minguar       ( ) racionar, regrar,moderar
e) tentação      ( ) mascarar, dissimular
f) disfarçar       ( ) porção, parte, quinhão

38 - Mesmo achando que a fome não se justifica em nenhum caso, o autor acha que a compreenderíamos em alguns países. Em que casos excepcionais a fome seria compreensível?_______________________________________________________________

____________________________________________________________________________

39 - Por que é revoltante saber que existe fome no Brasil? ______________________________
____________________________________________________________________________



Segundo o autor, usam-se alguns meios para disfarçar a real situação dos brasileiros. Em posse dessa informação, responda às questões 4 e 5:

40 - O que é usado para encobrir a fome e a miséria?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

41 - Quem estaria interessado em encobrir essa situação? ______________________________
____________________________________________________________________________



 42 – Algumas das causas da fome no Brasil, segundo o texto, são as listadas abaixo, exceto:
a) (   ) A falta de planejamento.
b) (   ) A pouca quantidade de espaço territorial.
c) (   ) A maneira errada de se utilizar a terra.

43 - Interpretando o título do texto, o que é “A fome provocada”? _______________________

 44 – Listamos, abaixo, algumas das conseqüências que advêm do aumento da fome. Entretanto, há uma que não está correta, assinale-a:
a) (   ) o aumento de assaltos.
b) (   ) violências.
c) (   ) segurança.
d) (   ) medo e desespero.


 45 - Como pudemos perceber, nos últimos tempos até mesmo na nossa pequenina e querida cidade, Itaú de Minas, o índice de violência aumentou assustadoramente, isso está acontecendo por quê?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


46  – Os meios de comunicação ajudam a mostrar a totalidade da realidade brasileira. Esta afirmação é:
a) (   ) verdadeira, pois os meios de comunicação sempre são imparciais e apresentam toda a realidade, sem omiti-la ou manipulá-la, segundo o interesse de quem lhe convir.
b) (   ) falsa, pois ao contrário, ajudam a disfarçá-la quando não divulgam toda a verdade, mostrando apenas partes da realidade, sendo passíveis, portanto, de parcialidade e manipulação.


47 - A charge (texto II) nos remete:
a) (   ) a igualdade social.
b) (   ) a justa distribuição dos alimentos.
c) (   ) a injustiça social que ainda assola o país.


48 - Analisando os dois textos apresentados - e a idéia central, contida neles – além da sua leitura de mundo, assinale a alternativa que indica uma das soluções possíveis ao problema da “fome provocada”.:

a) (   ) votarmos com consciência.
b) (   ) ignorarmos o problema da fome.
c) (   ) omitirmos os dados sobre a fome.